Por: Kamui Lopes 
    |  
Na tentativa minha de analisar o ganhador de melhor  curta-metragem de animação do Anima Mundi SP 2009, Mon Chinois, me debrucei  sobre vários comentários em vários sites e blogs, percebi que a maioria dos  comentários era valorizando o talento do autor (e Animador) Cédric Villain, e, é  claro, a premiação no Anima Mundi. Contudo encontrei uma postagem, no Moviola,  que ressaltava o caráter crítico do curta. Então, decidir que este será meu  ponto de partida. 
 | 
A construção da identidade do personagem no curta é baseada no  estereótipo criado na Europa e nos EUA do que é “o chinês”. Este estereótipo é o  preconceito e descriminação sofrida pelos imigrantes (asiáticos, latinos,  africanos) ao final da primeira grande guerra até nossos dias; se buscarmos  referências de filmes e seriados norte-americanos e europeus que haja a presença  (ou faça inferência) de personagens não oriundos a países pertencentes a este  eixo ficará perceptível a caricatura como forma de representação.  
A representação é uma opção de escolha que dita a qual modo  será descrita a realidade, esta representação sustenta o regime de verdade, ao  mesmo tempo em que constrói preconceitos e estereótipos. Mon Chinois chama a  atenção para a desapropriação do poder eurocêntrico de julgar e de caracterizar  o externo, o outro.
Colocando o discurso em primeira pessoa e com um pronome possessivo, fica evidente o caráter crítico e, acima de tudo, contestador. Quero ressaltar que a caricatura é uma forma de representar, onde determinados elementos são focalizados e outros são apagados ou menos enfraquecidos, contudo temos que lembrar que em nenhum momento está representação diz respeito a um determinado objeto ou sujeito como um todo.
Colocando o discurso em primeira pessoa e com um pronome possessivo, fica evidente o caráter crítico e, acima de tudo, contestador. Quero ressaltar que a caricatura é uma forma de representar, onde determinados elementos são focalizados e outros são apagados ou menos enfraquecidos, contudo temos que lembrar que em nenhum momento está representação diz respeito a um determinado objeto ou sujeito como um todo.
O trabalho de Cédric Villain é um trabalho conceitual,  colocando a estética a serviço da reflexão critica. 
 
FONTE: Revista  Moviola
LINKS INTERESSANTES: