30 de abril de 2010

Criadores de South Park São Ameaçados de Morte -Novamente!


Bem, todos nós sabemos que South Park é o desenho mais "errado" de todos os tempos. E quando você pensa que eles já ultrapassaram todas os limites, Trey Parker e Matt Stone, os criadores da série, quebram mais uma barreira! Mas vamos voltar um pouco no tempo, para entendermos melhor a situação.
A representação do profeta islâmico, Maomé, é um grande pecado para seguidores da religião. Mas isso não impediu os criadores de South Park, em 2001, a criarem um episódio em que o profeta aparecesse. Na época não se falou muito sobre o assunto. (lembrando que foi um pouco antes de 11 de setembro, não que isso tenha alguma relação.)
Quatro anos depois, em 2005, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten publicou uma série de caricaturas de Maomé, dando início a uma onda de protestos em vários países islâmicos. Esses protestos chegaram a causar mais de cem mortes. E no meio dessa confusão toda South Park lança mais um episódio em que Maomé aparece, só que a Comedy Central, canal em que passa o seriado, preferiucensurar a parte em que ele iria aparecer. Mas vocês acham que o assunto morrer ali? Não...
Agora voltamos para 2010, estamos já na décima quarta temporada, e no 200º episodio Trey Parker e Matt Stone decidem alfinetar mais um vez o mundo islâmico. No novo episódio Maomé foi representado com uma fantasia de urso, e dessa vez a Comedy Central não censurou o episódio! Isso causou a fúria de um grupo radical islâmico o RevolutionMuslim, que colocou a seguinte frase em seu site: "que o que eles (Trey Parker e Matt Stone) estão fazendo é estúpido e eles vão provavelmente terminar como Theo Van Gogh por levar esse programa ao ar". Theo Van Gogh foi morto por um militante islâmico por causa de um filme que ele havia feito, o qual acusava o Islã de fechar os olhos para a violencia contra as mulheres.
Depois do ocorrido o canal de TV preferiu censurar o episódio para não causar problemas maiores. Bart, no último episódio dos Simpsons, que passou nesta semana, escreveu a seguinte mensagem em seu clássico quadro-negro: “South Park – nós ficaríamos ao lado de vocês, se não estivéssemos tão assustados”. 
Para ver os episódios (em inglês) completos vocês podem acessar o site da Comedy Central.

22 de abril de 2010

Mudamos de casa...

Em pouco menos de um ano, o sucesso do Animação S.A. foi tão estrondoso que recebemos um convite mais que especial de fazer parte do corpo de blog do O Globo Online.

Por isso ficamos esse tempinho meio que sumidos aqui. Estávamos preparando as mudanças para a nova casa.

Não podemos deixar de agradecer a todos vocês, nossos fiéis leitores e seguidores, os principais responsáveis por essa nova fase do blog.

Aumenta a nossa visibilidade, e também a responsabilidade.

Deixaremos este espaço aqui como registro da nossa história. Então sem mais delongas, visitem a nossa nova casa e apreciem sem moderação!


Um grande abraço da equipe do Animação S.A.

1 de abril de 2010

Ryan Larkin: Relembrando Uma Trajetória

Por: Kamui Lopez

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Ultimamente ando meio sem tempo, cheio de coisas para fazer: trabalho, faculdade, monografia. Nesta busca incessante para melhor aproveitar meu tempo, quando revendo um dos meus textos antigo encontrei, um comentário – superficial - sobre Street Musique de Ryan Larkin; Meu comentário era superficial, pois não tinha tanto poder de análise e se resumia a gostei e não gostei.

Como acredito muito que, sempre que for possível, devemos completar ou melhorar algo que já fizemos e valeu à pena. Acho que falar sobre Larkin seja um desses casos!
Larkin foi um animador canadense, artista, escultor e discípulo de Norman McLaren (curta-metragista experimental e um dos grandes nomes da animação mundial) na National Film Board of Canada. Seu primeiro curta foi Syrinx (1965) - Conta a história de uma ninfa conhecida pela sua castidade, desejada pelo deus Pã – Concorreu ao Oscar com Walking (1969) e chegou ao auge em Street Musique (1972). Sua trajetória é cheia de provações, drogas e animações (a parte do Sexo e Rock’n Roll fica subtendido), deixou a NFBC e acabou por torna-se um mendigo nas ruas de Montreal. Ele morre em Saint-Hyacinthe, Quebec em 14 de fevereiro de 2007, por causa do câncer de pulmão que se espalhou para o cérebro. Muito da vida de Larkin virou um documentário animado, intitulado Ryan (2004) de Chris Landreth.

Conhecer o trabalho de Ryan Larkin é um tour sobre o mudo por trás das telas, uma vida cuja realidade se encontra com as histórias criadas ou “sugeridas” pelo próprio autor. As cores e as formas que marcam o trabalho de Larkin trazem um teor onírico e surrealista, com símbolos marcantes da época.

Glamour e decadência são amigos há anos, conhecidos íntimos dos astros de cinema, teatro, dos artistas em geral, mas que não desmerece o legado do artista. É papel do artista está sempre à frente do seu tempo, durante este caminho é comum alguns se perderem ou se distraírem com as “facilidades” encontradas. Quem quiser conhecer o trabalho e vida de Ryan Larkin pode conferir o curta de Chris Landreth.

Existe um artigo muito interessante sobre o documentário Ryan, O documentário animado “Ryan” e o psicorrealismo de Índia Mara Martins. Ótimo para estudantes e pesquisadores sobre animação e documentários.

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