19 de julho de 2017

Diário Animado - Anima Mundi 2017 - Dia III

No terceiro dia de maratona de curtas metragens, muitas boas surpresas me apareceram.
Brinquedo Novo - Sessão Infantil 1
Foi o caso do curta brasileiro Brinquedo Novo (sessão infantil 1) que representa a visão de um bebê aos poucos perdendo o interesse no seu brinquedo novo. O curta é bem legal e trata o assunto do descarte de forma muito simpática e inteligente.

Caminho de Água para um Peixe - Sessão Infantil 3
Ainda nessa vibe sustentável um outro curta que empolgou principalmente na trilha sonora foi Caminho de Água para um Peixe (Curtas Infantis 3) que conta as aventuras de um garotinho numa vila que tenta salvar um peixe de morrer fora da água. A Direção de arte do curta é primorosa nessa co-produção entre Espanha e Colômbia.

Outro destaque da sessão Infantil 3 é o excelente Sr. Noite tira um dia de folga. A história do Sr noite brincando de escurecer várias coisas, animais e lugares durante o dia. O curta brinca 2D, ação ao Vivo e Stop Motion de objetos e considerei um dos melhores que assisti no festival.
Sr. Noite Tira um dia de Folga - Infantil 3

Falando em Stop Motion. Negative Space (Sessão Curtas 1) tem uma excelente história sobre um jovem rapaz e a relação que estabeleceu com seu pai através do hábito de arrumar as malas. A animação em stop motion super flúida dá um toque especial a este curta Francês.

Negative Space - Sessão Curtas 1
Meli-Metro - Sessão Curtas 11
A França está bem destacada nessa Anima Mundi. muitos dos curtas citados são de lá, assim como Meli-Metro (Sessão Curtas 11). Curta que, como pai de uma menina de um ano e meio, me senti completamente identificado. A história é algo bem corriqueiro e comum. Um pai com sua filha fazendo manha no metrô acaba se tornando o assunto de todos os palpiteiros e entendidos na vida alheia. Todos os perfis estão lá - A pedagoga, o incomodado, a mãe de três filhos, o doutor em psicologia soltando citações... tudo para dizer ao pai como ele deveria conduzir aquela situação com a filha. Pais certamente vão dar uma ótima nota no juri popular.

Mr. Madila - Sessão Curtas 9
O Reino Unido também mandou bem em curtas como o documentário animado (fake) Mr. Madila (Sessão curtas 9) que é uma entrevista do animador com um guru, gênio, faz tudo engraçadissimo. Não saia da sala até o final pois até a leitura dos créditos vai fazer rir bastante.

E a coreia do Sul ficou bem representada também no curta The Wrestler (Sessão curtas 9). Talvez não seja um curta que impressione pela história e nem agrade o público como um todo. Porém a animação e a expressividade dos personagens nessa cena de luta é fantástica com referências a ilustração e pintura coreanos trazendo claramente um destaque do referido país aos outros produtores de animação orientais.

The Wrestler - Sessão Curtas 9
Por último queria destacar o curta chileno Here´s the plan (curtas 10) que trata de uma forma muito delicada o assunto da dicotomia da vida de casados com as conquistas e carreiras individuais. É um curta que faz pensar muito numa sociedade onde a palavra "eu" acaba falando muito mais alto do que "nós" e como essa postura acaba nos isolando e deixando-nos abandonar a nós mesmos. Também entrou no Hall dos meus curtas favoritos desse festival.

Here´s The Plan - Sessão Curtas 10
E assim encerro a rodada entre as sessões competitivas do festival. Um Recorde meu de assistir 18 sessões em 3 dias, (6 horas dentro de uma sala de cinema por dia). Quando você vai se acostumando a frequentar o festival, dias assim se tornam comuns. Mas não acaba aí. Ainda temos papos animados, anima fórum e muitas coisas que vão rolar nos outros dias de anima. Você pode aproveitar e pegar essas dicas já que até domingo essas sessões vão se repetir pelo menos uma vez.

E vamos que vamos!

17 de julho de 2017

Diário Animado - Anima Mundi 2017 - II


Segundo dia de maratona do festival mais animado da América Latina. Mais um dia inteirinho no ODEON no Rio de Janeiro.

Surpresa - Sessão Curtas 7
Deste segundo dia, me surpreendi com a forma gentil que assuntos graves foram tratados de forma bem leve. Um deles foi o curta Supresa (Curtas 7) que é feito em cima de uma gravação real entre uma mãe e sua filha com câncer. O depoimento da menina ia sendo animado a medida que o curta vai evoluindo. Apesar do assunto parecer pesado, a narrativa acontece de forma leve, agradável e muito bonita, tornando esse um dos curtas mais significativos pra mim deste festival.

Outros dois curtas passaram em sessões infantis diferentes e trataram um assunto histórico muito grave de forma bem leve. são os curtas Chika, o Cachorro no Gueto (Infantil 5) e o "quase longa metragem" Férias Muito Muito Grandes (Infantil 7) que trataram da segunda guerra mundial, do nazismo e da perseguição aos Judeus. 
Chika, o Cachorro no Gueto - Sessão Infantil 5
O primeiro é um curta em Stop Motion que fala da relação entre o cachorro Chika e seu dono, um menino Judeus de cinco anos que é ajudado a crescer no Gueto de uma cidade polonesa em plena segunda guerra. A narrativa trata os medos do menino de forma muito delicada, focando mais nos medos e receios do pequeno. 

Férias Muito Muito Grandes - Sessão Infantil 7
No segundo, um filme de 50 minutos o espírito é mais de aventura. Um grupo de crianças vai passar as férias na Normandia no Verão de 39 e acabam ficando lá por mais de cinco anos devido a invasão na França pelo exército alemão. Juntas as crianças formam um grupo que ajuda a resistëncia do vilarejo contra os soldados alemães. O Filme tem técnica mista de 2D com 3D apresentados de forma bem equilibrada que mal dá pra distinguir as técnicas no filme. O Design das personagens tem um traço retrô, num estilo que lembra muito o do quadrinista belga Hergé, criador do Tintin. Apesar de grande, o filme agrada o público e ainda deixa um gosto de "Quero mais" no final. Fica o recado pra diretoria do Festival que queremos ver a continuação ;).

Escapada Espacial - Sessão Infantil 6
Por falar em estilo retrô, três dos curtas brasileiros que vi hoje pegaram muito bem esse espírito. Dois deles remetendo aos games da era dos 8 bits dos anos oitenta e noventa. É o caso de Escapada Espacial (Infantil 6) e A Vocação (Infantil 7). O primeiro fazendo uma referência aos jogos do Estilo Plataforma e o segundo fazendo referências às famosas classes de personagens de jogos de estilo RPG e Estratégia.

O terceiro filme brasileiro que remeteu ao retrô foi o documentário animado Sob o véu da Vida Oceânica (Curtas 5) que fala da vida de um pequeno ser aquático e seu tempo de duração de 6 minutos. O curta tem um timing divertídissimo, animado em 2D com uma clássica referência a animação moderna da década de 50 lembrando o estilo da UPA com personagens mais geometrizados e simplificados.
Sob o véu da vida oceânica - Sessão Curtas  5

Essa influência dos anos 50 da animação 2D da UPA ainda é notada no divertidíssimo Bullet Time (Curtas 7), um faroeste que conta a história entre duas balas em meio a um duelo entre dois Cowboys.

E fechando essa relação de curtas mais divertidos, me impressionei com Our Wonderful Nature - The Common Chameleon (Curtas 8) e não foi pelo 3D bem modelado, do cenário realista ou do roteiro engraçado. Mas por ser um excelente exemplo de como muitas vezes menos pode ser mais. O curta tem apenas uma cena com uma única tomada de câmera com 3 ações distintas. Mesmo não mudando ângulo o filme de 3 minutos diverte e agradou todo o público que assistia a sessão no Odeon.

Bullet Time - Sessão Curtas 7

Our Wonderful Nature - The Common Chameleon - Sessão Curtas 8
Continuo destacando o equilíbrio das sessões do festival. Todas com excelente qualidade. Afinal de contas são 25 de Anima Mundi. Experiência no assunto eles tem e muita. Até mais!

16 de julho de 2017

Diário Animado - Anima Mundi 2017 - I


Mais uma jornada animada que agora completa 25 anos. E depois de tantos anos talvez eu pense em mudar um pouco a forma de redigir esse diário. Ao invés de falar sessão a sessão e seus destaques vou diretamente naqueles curtas que me surpreenderam e se destacaram neste meu primeiro dia de Festival. Fiquem tranquilos que será acompanhado da sessão onde ele está.

Estou com fome de criança - Sessão infantil 4
Confesso que corri para chegar no festival e deixei de almoçar. Por isso estava com fome na primeira sessão. Tão faminto quanto o pequeno Jacaré do curta "Estou com fome de Criança" (Infantil 4) e o fato da animação ter sido produzida com desenhos feitos com sementes e comida só aumentou o apetite.Mas a fome deu um tempo quando suspirava pra ver a qualidade do trabalho do pessoal da UFMG com o curta "Diário de areia" (Infantil 4), uma aventura incrível de uma Guardiã dos sonhos que quer proteger sua irmã dos terríveis pesadelos. A qualidade da direção de arte é impressionante e deu um gosto de "quero mais". Espero que se torne uma série.

Toine - Sessão Infantil 2
E no meio de tantas pérolas também assisti "Toine" (Infantil 4). Uma história de um fazendeiro que tem problemas para administrar sua fazenda por estar com o pé quebrado. A simplicidade do traço e a forma dos personagens geometrizados com poucos elementos de cena são um destaque dessa produção. Simplicidade essa que  também se encontra no curta Aport (Infantil 2). um curta realmente curta que mostra a diversão de pequenos cachorros com uma bola. 

Mas dos filmes infantis do dia, quem me conquistou foi o filme "Dois Bondes" (Infantil 2) que junta Animação 2D com Stop Motion e que também se destaca na concepção dos dois protagonistas. A Forma como eles aparecem bidimensionalizados num espaço tridimensional. Um show de concept art e direção de arte.
Dois Bondes - Sessão Infantil 2
Les Deimoselles d'Ovalie - Sessão Curtas 4

Terminadas as sessões infantis fomos para os filmes pro público um pouco mais velho e aí assisti um excelente curta que junta duas coisas que adoro: Animação 2D e Rugby. Trata-se do curta francês Les Deimoselles d'Ovalie (Curtas 4). Além de tudo o curta é do francês Laurent Kircher, velho conhecido do festival e dos fãs de animação em trabalhos como O Mágico e As Biciletas de Belleville. Os personagens caricatos muito marcantes alinhados a uma animação primorosa e um timing pro humor sensacional (marca registrada deste francês) colocam o curta como um dos favoritos do festival. E no final da sessão é impossível não rir com o curta Brasileiro Macaco Albino:Pimenta (Curtas 4)que conta as desventuras de um fã da iguaria picante.

Revolting Rhymes - Sessão Curtas 6
Nessa maratona animada que foi hoje uma suspeita felizmente não se confirmou. Entre tantos curtas, um filme de meia hora. Quando aparece um filme assim a gente até se prepara que pode vir aqueles curtas arrastaaaaados, cansativos mas que nada! Revolting Rhymes (Curtas 6) é uma excelente história! Uma releitura dos clássicos contos de fada mas misturando todos eles e com uma pegada bem mais adulta. De repente a meia hora passou e eu achei que tinham sido só 5 minutos.

Última Chamada - Sessão Curtas 2
Quando eu achava que depois de tantos filmes ia me cansar veio uma das sessões mais simpáticas do festival (ainda falta mas arrisco dizer que a Curtas 2 deve ser a que mais vai agradar o público em geral). Temos na sessão o Argentino Juan Pablo Zaramella com uma compilação de episódios de "El hombre mas chiquito del mundo" com as dificuldades no dia a dia de um homem com menos de 10 centimetros de altura e o maravilhoso "Ültima Chamada" da portuguesa Sara Barbas que dá aquele tempero especial sobre encontros, desencontros nos nossos relacionamentos. Com um bom roteiro e excelente design das personagens com impressionane apelo, a animação com baixo framerate (poucos quadros por segundo) veio coroar a produção dando um ritmo muito agradável.

Scrambled - Sessão curtas 3
Falando em apelo. Alguém ja imaginou um cubo mágico conquistar o público por sua graça e simpatia? Pois bem... o curta "Scrambled" (Curtas 3) fez isso com maestria e não vou contar mais a respeito disso pra não estragar. Assim como o sensacional final do curta Chickens que dá uma nova leitura sobre o termo "deixaram um bode na sala"(no caso é um elefante mas tudo bem). Aliás... a sessão curtas 3, a última da noite tem uma temática bem feminina.

E esse então foi o primeiro dia com curtas muito bons. As sessões do festival estão bem equilibradas e muito, muito boas. Vale a pena conferir!

15 de julho de 2017

Anima Mundi terá plataforma de vídeos on Demand

Uma das novidades mais legais desses 25 anos de Anima Mundi acabou de ser anunciada na Cerimônia de Abertura do Festival: Vem aí o Anima Mundi On.

Trata-se de um serviço de vídeos on demand que oferecerá parte do acervo desses 25 anos de Festival. Com isso será possível assistir aquele curta metragem que você amou no Anima Mundi e não consegue mais encontrar em lugar algum. 

Segundo César Coelho, um dos diretores do festival, será possível assistir aos curtas separadamente ou em programações montadas pela curadoria do Anima Mundi. O diretor também comentou que o acervo será atualizado aos poucos (Faz sentido. Afinal são 25 anos de Festival né gente?)

O serviço está previsto para começar em novembro mas o site ja está no ar e convidando a quem quiser fazer um pré-cadastro que dá direito a um mês grátis de uso. (Clique aqui para se cadastrar).

Segue o vídeo de apresentação do Anima Mundi On apresentado hoje no festival.

13 de julho de 2017

Vem aí o livro Trajetória do cinema de animação no Brasil

Alegrai-vos animadores! Temos um novo projeto para falar da animação brasileira nesse centenário!

Se trata do livro Trajetória do cinema de animação no Brasil. Um projeto feito por uma animadora chamada Ana Flávia Marcheti que faz uma viagem pelos 100 anos de animação do Brasil mostrando a processo criativo envolvido na produção de diversos curtas: Desde o Kaiser de 1917 até as produções atuais feitas para o Cinema e a TV.



O projeto foi acompanhado por diversos responsáveis da área, revisado e mobilizou todos os animadores, estudantes de animação e fãs da arte animada via crowndfunding e será lançado no próximo dia 18 no durante o Anima Mundi. Para conhecer melhor o projeto entrevistamos a idealizadora Ana Flávia Marcheti. Para conhecer mais sobre o projeto, visite a fan page do livro no Facebook.

Como surgiu a idéia de fazer o livro?
A vontade surgiu quando estava na metade do curso de Design e descobri que existia mercado de animação no Brasil. Foi quando fui a primeira vez no Anima Mundi também, em 2012. Eu sempre quis trabalhar em algo relacionado com animação, fiquei entusiasmada e fui em busca sobre mais informações de produções nacionais. Como estava acostumada a ser bombardeada de livros de artes de grandes estúdios, fui procurar algum livro nesse estilo que abordasse as produções no Brasil e descobri que praticamente não existia. Na época foi difícil conseguir o exemplar de "A experiência Brasileira no Cinema de Animação" do Antonio Moreno, que foi o conteúdo que consegui mais próximo do que estava buscando. Nesse processo descobri que era muito difícil conseguir informações sobre as produções nacionais, pois são dispersas e muitas que circulam são equivocadas. Por isso iniciei uma pesquisa independente e decidi eu mesma criar o livro que estava buscando.


Como é a estrutura dele para apresentar esse panorama de 100 anos?
No começo eu realmente queria fazer uma grande linha do tempo sobre todas as produções existentes, como um catálogo. Mas logo descobri que não ia dar certo, senão o livro seria uma bíblia e não daria para aprofundar de fato nas produções. Então eu decidi fazer um recorte desses 100 anos. Primeiro eu fui datando as produções e organizando-as em uma linha do tempo e dentro de minhas pesquisas separei a animação brasileira em 5 momentos, que são os 5 capítulos do livro: Origem, Um impulso, Experimentando, Expandindo e Contemporâneos. O livro segue em formato de linha do tempo, mas com os marcos, que são os capítulos, e em cada capítulo tem um compilado de produções que correspondem a época destacada.

Como foi a escolha dos curtas para representar esse panorama?
O objetivo do livro é mostrar como foram feitas as produções nacionais, o seu processo criativo, assim como os artbooks dos grandes estúdios. Como expliquei anteriormente o livro é dividido em cinco momentos da história, e em cada momento busquei destacar curtas/longas de diferentes técnicas e produção que conseguissem representar o momento da animação naquela época. Começa com as charges animadas, passa pelos pioneiros, animações de experimentação, comerciais e finaliza com os contemporâneos. Onde cinco diretores de diferentes técnicas e áreas são entrevistados e contam em detalhes sobre suas produções. Os entrevistados são: Marcos Magalhães, Kiko Mistrorigo, Paolo Conti, Alê Abreu e Rosana Urbes.


Como foi a recepção dos animadores entrevistados para o livro?
Todos que entrevistei foram super abertos e me receberam bem. Conheci seus estúdios e processos, foi bem inspirador.

Como foi a recepção do projeto no catarse? Esperavam alcançar esse sucesso todo?
O Catarse era meu "plano c" (risos), pois ele exige muito de quem cria a campanha. Ainda bem que tive ajuda de meu produtor Guto BR que me ajudou nesse processo de publicação independente. Eu acreditava que poderia dar certo, mas tinha um pouco de medo de morrer na praia. É um projeto que demorou mais de 3 anos para ficar pronto e o ano de lançamento tinha que ser esse, para comemorar o centenário. Eu esperava que as pessoas iam se surpreender com o projeto, mas não que iria ter todo esse sucesso, fico feliz que teve boa recepção e espero que todos gostem do livro. Fiz o livro que eu queria para estudo e referência sobre essa linda área: animação.


Você tem projetos de outros livros do gênero?
Quando comecei a luta para viabilizar a publicação e entrei mais em contato com a área de animação, sempre escutei que precisavam de mais mulheres animadoras na área. Acho que precisa sim, cada vez mais a mulher ter espaço na animação, mas acho também que já existem muitas animadoras e realizadoras na área e não escutamos falar muito sobre elas. E eu sentia na fala das pessoas como se precisasse ter mais mulheres na área por não existir mulheres na área. E isso me incomodou um pouco e eu tive uma ideia de fazer um livro sobre realizadoras/animadoras/diretoras da animação brasileira, é uma vontade/ideia que eu tenho, mas nada concreto ainda.


Você gostaria de falar mais alguma coisa ao nosso público fã de animação?
Gostaria de dizer que a animação brasileira é rica e cheia de experimentações e se o mercado está crescendo em abundancia agora é graças a paixão de muitos pioneiros que fizeram guerrilha para que a área existisse no país. Fico triste quando vejo muitas pessoas da área enaltecendo apenas o mercado internacional e nem sequer se interessa pelo próprio. Sendo que nos últimos anos o mercado internacional se interessou muito pelo Brasil, vamos ser o país homenageado ano que vem em Annecy! O Brasil está iniciando um mercado mas não fica pra trás não! E se você está estudando e quer entrar para a área, desejo sorte e dedicação e digo que existe mercado nacional sim!