29 de janeiro de 2011

RESENHA: Mary and Max

Mary e Max é uma animação australiana lançada em 2009. Amada e odiada, como toda boa controvérsia tem de ser, conta a inusitada história de uma amizade entre pessoas muito diferentes e de conexão improvável.
Uma menina australiana de 8 anos e um homem judeu portador de autismo de 44 anos que vive na Nova York dos anos 70. A Amizade começa quando Mary, cansada de ser ignorada pela mãe alcoólatra, encontra em um catálogo telefônico o endereço de um tal de Sr. Max em N.Y e resolve ser ele a quem irá confiar seus maiores segredos e dúvidas.
No continente Americano, Max vive solitariamente pois tem um transtorno psíquico e não consegue se adaptar a convivência social. Come sem parar pra afugentar a solidão. Ele recebe a primeira carta de Mary com uma certa curiosidade e decide responder as perguntas impertinentes da menina. A amizade consolida-se em 20 anos de cartas que atravessam mares e continentes cheias de dúvidas, questões existenciais e muitos doces.
A animação foi feita com Stop Motion e de certa forma é bem rústica, como a vida interior dos personagens. A combinação de história e estilo é muito interessante, pois um reforça o outro. Muita gente detestou, pois trata-se de uma reflexão bem adulta de temas como a solidão, a demência, o alcoolismo e as descobertas infantis de como funciona o mundo.
Enquanto Mary cresce, Max envelhece. Um apóia o outro em suas dúvidas. Desentendimentos ocorrem e o tão esperado encontro face a face nunca acontece. É recomendada para quem gosta de ver filmes com base em fatos reais, pois mostra de uma forma nada infantil como a vida não é justa, muitas vezes não é bonita e nem tem o charme dos Fairy Tales.
É uma animação divertida pra quem sabe rir de si mesmo e depressiva pra quem gosta de idealizar as coisas básicas da vida e não quer saber de muita reflexão. Então escolha de que lado está e divirta-se com o humor nada convencional da animação.