Chega aos cinemas nesta sexta feira a continuação de uma das franquias de maior sucesso da DreamWorks depois de Shrek: Kung Fu Panda 2.
Na continuação da história, Po é o Grande Dragão Guerreiro; um lutador que protege o Vale da Paz junto com os Cinco Furiosos (Tigresa, Louva-deus, Garça, Macaco e Serpente). Porém, surge um vilão que planeja usar uma arma secreta e impossível de ser detida para conquistar a China e destruir o Kung Fu. Po terá de rever seu passado e descobrir os segredos de suas misteriosas origens e, assim, conseguir revelar a força que necessita para vencer.
A primeira coisa que o espectador vai notar é a evolução de Po. No primeiro filme ele era simplesmente um gordinho atrapalhado e todo o foco foi no relacionamento dele com seu Mestre Shifu. Agora neste segundo, Po é o líder dos 5 furiosos que o reconhecem como um grande (literalmente) e sábio amigo (mesmo sendo atrapalhado e desconcentrado).
O relacionamento de Po com os 5 furiosos é muito interessante, pois vai trabalharquestões como personalidade e estereótipos. Desde o primeiro filme todos possuem uma pequena máscara para manter a imagem de heróis perfeitos, mas com o foco do filme no relacionamento entre eles, as máscaras vão caindo e vamos descobrindo a real personalidade de cada um (menos de Po, pois ele é ele mesmo desde o início da saga.)
Quanto a técnica não tem como negar: a DreamWorks é uma das melhores empresas de animação da atualidade. Eu arrisco dizer que, no quesito técnicaeles conseguem ser melhores até que a própria Pixar (que por sua vez é imbatível no quesito roteiro e argumento e por isso é considerada a melhor empresa de animação do mundo atualmente).
E como evoluiram em relação ao primeiro filme! As cenas de luta estão bem mais elaboradas, as coreografias mais perfeitas e até mesmo a estética dos personagens estão mais trabalhadas (como os pelos e detalhes da face). Uma forma de comparar é num momento de flashback onde aparecem algumas cenas do primeiro filme.
Sem falar nas intervenções animadas feitas em animação 2D. Uma excelente idéia que veio do primeiro filme: Afinal de contas, num universo criado por uma técnica que visa imitar a realidade (Computação Gráfica em 3D) nada melhor que usar uma outra técnica (2D) para representar o subconsciente (sonhos, lembranças perdidas) das personagens.
Outra coisa são as curvas dramáticas. Kung Fu Panda 2 possui muito mais cenas de tensão, drama e ação costuradas com muita comédia e uma boa trama.
No entanto não diria que o segundo filme é melhor que o primeiro. Senti falta dos profundos ensinamentos do primeiro filme. O motivo é claro: A mudança de foco das relações entre mestre e discípulo para o discípulo que passa a praticar os ensinamentos dados. Isso torna justa a razão pro segundo filme não ter diálogos tão profundos quanto o primeiro.
Se por um lado não é tão profundo, não nego que é mais divertido! Certamente vai arrancar mais risos e suspiros da platéia. Kung Fu Panda 2 é sensacional e vale a pena assistir na telona com óculos 3-D. E pode assistir a Versão brasileira sem medo, pois Lúcio Mauro Filho continua interpretando o papel de Po muito bem. Não me fez sentir nem um pouco a falta de Jack Black.