Durante os protestos que aconteceram na metade de 2013, um indivíduo é capturado após atirar um Coquetel Molotov, assim inicia seu pesadelo nume prisão verdadeiramente surreal.'
Está é a sinopse do curta "Memórias de Cárcere" feito pelo Waldir Bronson para o MIS-SP (Museu da Imagem do Som de São Paulo) como um olhar artístico diante dos protestos que aconteciam no Brasil.
Aproveitamos o contato que Waldir fez com o Animação S.A. para faze-lo algumas perguntas sobre seu curta.
Abaixo fiquem com a entrevista e com o curta abaixo:
Animação S.A.: Como você acha que a técnica da animação pode influenciar as pessoas? Waldir Bronson: Acredito que a Arte tem o poder de opinião e fazer animação ou cinema é nada mais que criar opiniões ou mostrar um lado que ainda não foi abordado. Muito diferente dos veículos tradicionais de comunicação, este curta-metragem tem um olhar artístico diante de tais acontecimentos.
Animação S.A.: Você chegou a ir em algum protesto? Se sim, qual o sentimento que você teve em estar ali? Waldir Bronson: Não, não participei diretamente de nenhum deles, mas conheci diversas pessoas que estiveram e presenciaram. Como disse, estava em São Paulo durante no período crítico.
Animação S.A.: Quais são suas principais referencias como um animador (de forma geral)? Waldir Bronson: Vim das Histórias em Quadrinhos, mas sou formado em Artes Plásticas e trabalhei muito com Gravura, posso citar nos quadrinhos Will Eisner, Flávio Colin, gosto muito de um desenhista atual chamado André Kitagawa, nas Artes Plástico sou fascinado por Francisco de Goya e os Expressionistas em Geral. Existem muita gente fazendo "boa animação" posso citar meus dois maiores referenciais o Sul-Africano William Kentridge e o Israelense radicado nos EUA Ralph Bakshi, os dois são os maiores para mim.