22 de março de 2015

História do Cinema de Animação – Persistência Retiniana (3ª Parte)

Scrat - Era do Gelo
Como uma peculiaridade do olho humano pode ter contribuído para o desejo do homem em dar movimento a suas figuras estáticas? A partir de questionamentos como: “o por que percebemos os raios das rodas das carruagens girando ao contrário”, foi possível a investigação do assunto pelos cientistas e então a descoberta do fenômeno da persistência da visão ou persistência retiniana.

Em 1824, o médico inglês Peter Mark Roget apresentou para a Sociedade Real Britânica o artigo que tinha o intuito de mostrar a capacidade do olho humano de reter uma imagem por algum tempo na retina. É através dessa capacidade que o olho humano consegue visualizar o movimento, quando, na verdade, ele combina imagens vistas em uma sequência, como se elas estivessem em movimento.

olho humano

 A persistência retiniana ou persistência da visão (nome que foi dado a essa peculiaridade fisiológica do olho humano) foi um estudo meticuloso que descobriu como a retina do olho humano visualiza a imagem. A partir deste estudo foi possível concluir que uma imagem que, logo em seguida, é substituída por outra, faz com que o cérebro as perceba como se fossem uma única. É importante ressaltar que, na sequência de imagens apresentadas, uma imagem deve ter uma singela modificação na sua forma em relação à anterior. Somente assim a essência do movimento acontece. O cérebro vê todas as imagens como se fossem uma única imagem em movimento.

Zootrópio

O estudo da persistência da visão deu origem a vários aparatos e brinquedos, que além de divertir a sociedade do século XIX com seus efeitos e truques ópticos, acabaram tendo uma preciosa contribuição técnica para o desenvolvimento do cinema de animação e sua ilusão do movimento. Na próxima postagem vamos conhecer alguns brinquedos com nomes bem estranhos como: Taumatrópio. Fenacistoscópio, Zootrópio, Praxinoscópio, e o mais popular deles – o flipbook.