Por: Thiago Vidotto
Nessa quarta-feira comecou a edição do Anima Mundi aqui em São Paulo, que por aqui dura apenas 5 dias e no ultimo não tem apresentação de curtas para contagem de votos. Não senti grandes diferenças no geral, a programação visual ficou bem melhor e a sala 3 agora é no “Espaço da Critividade” no Memorial
Como grande amante de animação, nesse ano a idéia era assistir a TODAS as sessões de curtas e isso está sendo um pouco mais difícil do que parecia por já no primeiro dia perdemos uma das sessões por um imprevisto. As sessões foram: curtas 10, 01, 07, 02 e 13 (nessa ordem), Portifólio 2 e Coraline
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Das sessões que não foram comentadas no blog, a Curtas 01 teve alguns trabalhos muito bons, como “The Surprise Semise of Francis Coopers Mother” que conta a histórias de três pessoas e destaca suas manias pessoais com um pouco de humor negro. Outra animação muito boa, “Il Naturalista” animação italiana que vem logo em seguida retrata com mais humor negro um homem que resolve vivenciar a natureza mas acidentalmente mata tudo a sua volta. A sessão termina com “Les Pieds Sur Terre” que retrata uma situação muito inusitada onde a gravidade vira 90 graus e tudo começa a cair, mais um pouco de humor negro em uma animação simples mas com história muito cativante
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A sessão Curtas 02 começou muito bem com uma ótima animação feita em areia mas depois decaiu muito com algumas animações longas e cansativas ou com um humor negro totalmente desnecessário, e isso que eu gosto desse tipo de filme. Assistindo a tanta coisa no mesmo dia, o critério de avaliação fica bem baixo e eu estava bem desanimado após sair da sessão 02, que na minha opinião foi a mais fraca.
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Logo após fui para a sessão Curtas 13 que salvaria meu dia e eu daria meu primeiro 5 nas avaliações, e de todos esses curtas a sessão 13 de longe é a melhor. Normalmente eu gosto muito das animações brasileiras, mas esse ano estava sentindo falta do nível do ano passado até que assiti “Josué e o pé de macaxeira”, uma sátira a João e o pé de feijão mas com toques bem brasileiros, a animação é fantástica em 2d colorida a lápis, fiquei abismado com a qualidade e os detalhes, é o tipo de animação de se ver frame-a-frame para estudar os movimento. Foi muito bem merecido o primeiro lugar das animações brasileiras.
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No geral a primeira impressão que tive foi que aumentou o número de animações em Stop Motion e o nível de piadas de humor negro. também teve menos animações em 3D.
Fechandoos curtas, Portifólio 2 que tem a animação vencedora “Audi Unboxed” na categoria de animação por encomenda, que realmente foi muito bem feita, é uma animação desenhada em uma caixa de papelão onde a própria animação vai moldando a caixa a transforma em um carro. A mistura de Stop Motion com animação 2d foi perfeita mas o curta que vinha logo em seguida “Her morning elegance” teve um apelo muito mais forte pra mim, é um Stop motion com uma mulher deitada em uma cama e fotografada de cima mas como se fosse na horizontal. A riqueza de detalhes impressiona a ponto do fato da posição da camera praticamente ser esquecido durante. Quem não tiver como ir pode ver pelo youtube:
Para fechar o dia, Coraline fechou cm chave de ouro. A Platéia ficou abismada com os detalhes da produção como cenas que levaram 60 dias para serem feitas e foram cortadas no dvd ou o fato de terem sido feitas 28 bonecas da Coraline, cada uma como 1000 expressões faciais mas principalmente com os vídeos de timelapse do processo de animação onde os bonecos criavam vida enquanto era possivel ver a passagem de dias pela troca de roupa dos animadores
No filme usaram técnicas que eu nunca tinha visto em stop motion como rostos mecanicos e animação de cabelo... sim eles animaram os cabelos a ponto de assitindo o filme duvidar que foi feito em Stop Motion
Como ja foi comentado no blog, não vou entrar em detalhes já abordados, apenas algumas atualizações de São Paulo. Foi perguntado durante a apresentação e os videos mostrados NÃO estarão no DVD, haverá uma versão com outros videos de making off e uma versão blueray com alguns extras a mais.
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Alguns pontos negativos foram o horário de início e a tradução corta muito a fluidez da apresentação e diminui dráticamente o conteúdo por causa do tempo gasto.
Tradução não vejo outro solução, tem que ter afinal é um festival no Brasil e as pessoas não são obrigadas a saberem ingles, mas o horário de início poderia ser evitado começando todas as sessões mais cedo e não ao meio dia.
Como em São Paulo depois da meia noite fica praticamente impossivel pegar onibus mais da metade dos participantes foram embora antes, inclusive eu, e perdemos a apresentação do filme.
A apresetação foi impagável, muito bom humor tanto do Scott Tom como do Mike Cachuella e inclusive do tradutor que traduzindo uma fala de Cachella soltou um “e eles viram que isso daria samba” e causou uma explosão de risos na platéia.
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Pelo mostrado na apresentação, uma frase de Scott Tom resume bem o processo de produção: “..se em algum momento do filme voce ficar em dúvida de como eles fizeram aquilo, com certeza foi do modo mais difícil”
